Ao terminar de falar, Mônica sentiu que algo estava errado. Instintivamente, olhou para trás e viu Rubem segurando uma xícara de café quente. Ele a observava com as sobrancelhas levemente arqueadas, sentado na cadeira de rodas, claramente se divertindo com a cena.
— Essa... Essa porta... — Mônica começou a se justificar, mas, ao perceber o cartão na própria mão, ficou sem saída. — Tá bom, eu entrei com o cartão.
Rubem deu um leve sorriso, sem pressa, e perguntou:
— Você não disse que tinha contratado empregados para mim?
— Os empregados da agência de limpeza não foram muito bem treinados. Achei que eles não cuidariam de você como deveriam. — Mônica respondeu, enquanto colocava as sacolas de compras e as duas rosas que trouxera na bancada.
Ela ergueu um dos vasos com as rosas e, com uma expressão meio embaraçada, acrescentou:
— Ah, Sr. Rubem, seu milhão e seiscentos mil... Digo, suas rosas. — Ela corrigiu rapidamente. — O lugar onde moramos é muito pequeno. A Emma pediu para