Rubem virou a cabeça e percebeu que Mônica não tinha nenhuma cerimônia enquanto comia, claramente aproveitando cada mordida com satisfação. Ao vê-la tão à vontade, ele também deixou de lado a sua postura rígida.
O caldo, que por si só era simples, ganhou um sabor especial ao ser cozido com os miúdos de porco. Cada colherada quente aquecia o estômago e surpreendia o paladar com um gosto reconfortante e delicioso.
— Está bom. — Rubem arqueou as sobrancelhas, surpreso. Era a primeira vez que comia um prato assim, e estava muito melhor do que ele imaginava. Além disso, ele reconheceu que Mônica tinha talento na cozinha.
Mônica, ao receber o elogio, abriu um sorriso satisfeito.
— É claro que está! Eu treinei...
Mas, no meio da frase, ela parou. Pensando bem, para que explicar isso? E se Rubem achasse que ela estava tentando ganhar a compaixão dele? Imediatamente, ela encerrou o assunto e voltou a comer, como se nada tivesse acontecido.
Rubem franziu a testa, intrigado.
— O quê?