Quando cheguei em casa no fim do dia, liguei pra Melissa.
— Oi gostosa, fazendo o quê agora? Melissa: Estudando, e você? — Nada, além de falar com você. Cheguei em casa agora, e estou esperando minha mãe chegar em casa com o Pyter pra gente comer alguma coisa. Melissa: Quem é Pyter? Droga, eu havia esquecido de falar sobre isso com ela. Pensei. — É o namorado da minha mãe. Melissa: Não acredito, a Laura de namorado? Porquê você não me contou? — Esqueci amor, desculpa. Melissa: E ele é daqui de Fortaleza? — Não, veio pra cá apenas pra abrir uma filial da empresa dele que fica na Europa. Melissa: Quero conhecer ele, quantos dias ele irá ficar? — Não sei, não perguntei. Nessa mesma hora, a Isabel me abordou. Isabel: Com licença Sr. Rodrigo, a moça ainda não saiu do quarto, devo levar algum lanche pra ela? — Só um momento amor. Pedi pra Melissa esperar, dando atenção pra Isabel. — Acredito que não seja necessário Isabel, quando ela tiver com fome, ela deve descer. Mas de qualquer forma, quando Pyter chegar, você se informa com ele se deve ou não acordá-la. Isabel: Tudo bem. Voltei minha atenção pra conversar com a Melissa. Melissa: De quem vocês estavam falando amor? Perguntou. — Da filha do Pyter, ela veio com ele e como havia feito uma viagem longa da Europa pro Rio e depois do Rio pra cá, chegou cansada e tá dormindo desde então. Respondi. Melissa: Filha? E quantos anos ela tem? Senti que naquela pergunta da Melissa havia muito mais do que apenas curiosidade. — Se eu não me engano, tem 20 anos. Melissa: E vocês já conversaram? — Não cheguei a ver ela ainda amor. Quando cheguei, ela já estava no quarto. Melissa: Nossa, muita informação em tão pouco tempo. — Desculpe por não ter falado antes. Melissa: Ta bom, vou desligar aqui porque ainda tenho muito o que estudar. — Tá certo, eu te... Nem esperou eu dizer que amava ela e já desligou. Eu sabia que aquilo tinha um nome, ciúmes. Melissa era temperamental. Apesar de ser controlada, ela iria demonstrar a insatisfação dela por longos dias. Depois de algum tempo, Isabel foi me avisar que minha mãe e Pyter haviam chegado. Desci e eles já estavam na mesa pra jantar. Enquanto Isabel nos servia, reparei que o Pyter olhou pro outro lado, eu acompanhei o olhar dele, até a moça que se aproximava. Ela tinha a pele clara, olhos extremamente azuis, cabelos escuros e lisos que iam até a cintura. Não pude deixar de reparar no corpo dela, que chamava bastante atenção. Ela parecia ser pouca coisa mais baixa que eu, suas curvas eram perfeitas, e os peitos fartos. Ela vestia um short jeans que marcava bem o corpo dela, e uma blusa que mostrava a barriga, onde pude perceber um piercing no umbigo dela. Eu não consegui ver defeitos na garota. Pyter: Essa é minha filha Yanka, Rodrigo. Falou me tirando do transe. Me levantei e a cumprimentei. — Prazer em conhecê-la. Ela tinha um rosto angelical, o sorriso com covinhas, meigo e atraente. Yanka: Muito prazer, e desculpe por não estar aqui quando você chegou. Eu estava muito cansada. Ela deu a volta na mesa e beijou Pyter, e depois deu um beijo no rosto da minha mãe. Aparentemente, ela parecia estar tranquila quanto a relação da minha mãe com o pai dela. Vez ou outra na hora do jantar, olhei pra ela, que também estava olhando pra mim. O olhar dela era hipnotizante, e eu comecei a ficar incomodado com minhas próprias reações. Yanka: Então Rodrigo, o que você faz da vida? Perguntou. — Tenho uma empresa que presta serviços de manutenção de computadores e configurações de rede. E você? Yanka: Sou atriz pornô. Engasguei na hora, tossindo e espirrando comida mastigada no chão. Pyter: Minha filha, não assusta o rapaz. Falou, gargalhando. Precisei de um copo de água pra me recuperar. Pyter: Desculpa Rodrigo, a Yanka adora fazer esse tipo de brincadeira. Olhei pra ela e vi ela rir com a colher nos lábios, enquanto me encarava. — Puta que pariu, que menina louca. Pensei. Yanka: Eu vim pra Fortaleza pra estudar, meu pai não te contou? Quero trabalhar na área do Turismo, e quando ele falou que iria abrir uma filial aqui, vi isso como uma grande oportunidade pra conhecer minhas opções, levando em consideração que o Turismo no Ceará está sempre em alta. — Isso é verdade. Mas porquê você esperou tanto tempo pra começar a fazer faculdade? Perguntei. Yanka: Porque estava focada em aprender outros idiomas. Sou poliglota, além do português sei falar Inglês, francês, alemão e Espanhol. — I'm impressed, you're going to be a complete tourist expert (Estou impressionado, irá ser uma turismóloga completa). Falei em inglês para testá-la. Yanka: You haven't seen anything yet, I master other things besides the language (Você ainda não viu nada, domino outras coisas além da língua). Pyter: Yankaaaa. Pyter a repreendeu só com um olhar. Yanka: O que foi papai? Só estou dizendo que sou boa em várias outras coisas. Falou rindo. Olhei pra minha mãe que parecia não estar nem aí pro conteúdo daquela conversa. A garota estava claramente se insinuando pra mim, e o meu pau começou a reagir a isso. Terminei de jantar e evitei ao máximo olhar pra ela. — Boa noite gente, vou pro meu quarto ligar pra minha namorada e depois vou dormir. Falei NAMORADA em um tom um pouco mais alto. Talvez assim, ela pararia de se insinuar. Pensei. Subi as escadas com a respiração extremamente forte. — Que porra é essa? Eu nunca tinha ficado assim por mulher nenhuma. Aí vem uma ninfeta dessa lá da puta que pariu me desequilibrar. Pensei. Não liguei pra Melissa, mandei apenas uma mensagem dando boa noite e dizendo que a amava. Porém, liguei pro Demétrio. Demétrio: Como você ousa me ligar fora do meu horário de trabalho? Posso nem trepar em paz. Falou rindo. — Vai se foder idiota, tô ligando pra falar da filha do Pyter. Demétrio: O que foi? Não me diga que é uma baranga? — Antes fosse cara. A menina tem cara de anjo, mas é uma verdadeira tentação. Tô aqui trancado no meu quarto pra não ver meu pau ter vida própria. Demétrio: Não brinca velho. A Melissa vai pirar com isso, você tá ligado né? — Cara, a Melissa já se chateou só em saber que tem uma menina aqui, imagina quando ela ver a potência da garota. Demétrio: Tô indo aí. Falou desligando na minha cara. Dez minutos depois ele me ligou dizendo que tinha chegado. A casa do Demétrio ficava a 3 quadras da minha. Desci e vi ele já na sala com minha mãe, o Pyter e o projeto de mau caminho da filha dele. — Fala maluco. Cumprimentei como se eu não tivesse esperando a visita dele. Demétrio: Você tá fodido cara. Falou no pé do meu ouvido. Tentei disfarçar chamando ele pra subir. Quando começamos a subir as escadas, ouvi a Yanka falar. Yanka: É ele que é a sua namorada? O Demétrio começou a rir descontroladamente, enquanto eu olhei pra trás e a vi com cara de deboche me encarando. — Não, ele é o meu amante. Respondi e tentei chegar no meu quarto o mais rápido possível, enquanto o Demétrio já estava chorando de tanto rir. Demétrio: Velho, você tá muito ferrado. Ela vai te infernizar. Essa menina tem a maior cara de safada. É a famosa garota problema. — Tu é um filho da puta Demétrio, ficou rindo igual um palhaço. Comentei já com a cara vermelha de raiva. De uma coisa o Demétrio tinha razão, eu estava muito fodido. Minha mãe nem imaginava que ao trazer o meu futuro Padrasto pra eu conhecer, também traria junto a minha perdição.Eu acordei um pouco atrasado. Tinha ficado conversando com o Demétrio até tarde, mas ele não dormiu na minha casa.Tomei um banho rápido, escovei os dentes e desci para o café da manhã. Isabel já tinha preparado tudo.Isabel: Bom dia Sr.Rodrigo, fiz cuscuz com carne de sol.— Que maravilha. Muito obrigado. Onde está minha mãe, Isabel?Isabel: Ela saiu à meia hora com o Sr.Pyter. Disse que não voltaria para o almoço.— Tudo bem. Enquanto eu estava comendo, vi a Yanka se aproximar.Ela ainda estava com roupa de dormir.Um vestido de seda, transparente o bastante pra ver os bicos dos peitos dela.Dessa vez, não consegui controlar o meu pau. Fiquei duro imediatamente, a minha sorte era que a mesa impedia que alguém visse o meu descontrole. Ela sentou bem na minha frente e eu desviei o olhar para a minha comida.Yanka: Bom dia, Rodrigo? Cadê a sua namorada? Não passou a noite com você? Perguntou debochada.— Bom dia Yanka, o Demétrio é meu melhor amigo, mas em breve, se você ainda est
Comecei a imaginar que ela estava me evitando porque ainda estava chateada. Então mandei mensagem. "Princesa, não sei se você está me evitando ou não, mas se estiver, peço que pare com isso, a gente já tem tão pouco tempo pra ficarmos juntos, não devemos desperdiçar o nosso tempo com bobagens".Enviei e logo recebi a resposta dela."Você tem razão, me desculpe, a noite ligo para você".— Comecei a ficar preocupado com o rumo que as coisas estavam tomando, e com a facilidade em que eu deixei me levar.Eu precisava arrumar um jeito para que tudo aquilo não interferisse no meu relacionamento com a Melissa.No fim do dia, cheguei em casa e tive a sorte de não encontrar a Yanka. Fui para o meu quarto, tomei banho e me arrumei para fazer uma surpresa pra Melissa.Cheguei no apartamento dela, e ela ainda não tinha chegado da Faculdade. Como tinha a chave, entrei e fiquei esperando.As horas foram passando e nada da Melissa chegar.Foi quando meu celular tocou, era ela.Melissa: Onde você
Alguns minutos depois, minha mãe bateu na porta do meu quarto e entrou. Mãe: Oi filho. O que está acontecendo?— Porquê você não me falou que a Yanka passaria um tempo aqui com a gente?Mãe: Eu não tive tempo meu filho, essa conversa aconteceu depois que você veio para o seu quarto, e hoje pela manhã saí bem cedo com o Pyter. Eu estava pensando em falar sobre isso no jantar, foi por isso que aguardei você. — Eu não estou de acordo com isso mãe. A gente nem conhece direito essa menina pra ficar colocando ela na nossa casa.Mãe: Agora você está sendo egoísta Rodrigo. Só está pensando em você. Isso foi um pedido do próprio Pyter, que claramente abrigaria você na casa dele se você um dia precisasse. — Mãe, a senhora já viu como essa menina se veste? A Melissa veio aqui e viu o palmo de saia que essa menina tá usando, e pirou. Agora eu tenho que ficar brigando com a minha namorada porque esse projeto de capeta não sabe se vestir.Mae: Haaa, agora entendi, o problema é a Melissa, que cl
MELISSA ..Já se passaram dois dias desde que eu e Rodrigo brigamos.Eu sempre fui muito controlada quanto aos meus ciúmes, mas aquela situação me tirou dos eixos.Tudo bem que a casa era da mãe dele, mas custava ele colocar um limite?Quem aquela garota estava pensando que era para ficar daquele jeito, tão à vontade na casa dos outros?Confesso que esses dois dias foram infernais pra mim, eu estava no modo automático. Ainda não tinha decidido se ligaria para o Rodrigo pra tentar achar uma solução pra tudo aquilo, ele já tinha deixado bem claro que as regras não eram dele.O que eu poderia fazer além de aceitar?Nosso namoro nunca passou por nenhuma turbulência, e sempre fomos muito compreensíveis um com o outro, sem cobranças ou questionamentos. Era definitivamente um relacionamento saudável, até aquela garota chegar.— Que grande bosta, sempre que penso nela vestindo aquele palmo de saia, minha raiva aumenta, ninguém merece acordar já pensando nisso. Resmunguei. Fui para o trab
Sai andando em direção ao escritório, reformulando tudo o que ouvi do Rodrigo. E pelo o que entendi, aquela conversa com a Laura tinha tudo haver com o motivo da nossa briga. — Oi Laura? Posso entrar?Laura: Oi Melissa, entre. Respondeu com um sorriso no rosto.Você quer beber alguma coisa?— Não, obrigada. Laura: Bom, Melissa, você deve estar se perguntando o motivo dessa conversa, eu não gosto de rodeios, então vou logo ao assunto. Eu sei que você e o Rodrigo andam se desentendendo, e isso me deixa triste, pois eu adoro você e não me imagino chamando outra pessoa de nora.Sei que o motivo dessas brigas é por conta da filha do meu namorado, o nome dela é Yanka.E eu não acho que a Yanka vai ser um problema para vocês Melissa. Ela acabou de chegar aqui, se deu bem com todo mundo, é uma menina super doce, simpática e brincalhona. Você acha mesmo que uma roupa define o caráter de uma pessoa?Será mesmo que o problema é mesmo a Yanka ou a sua falta de confiança no Rodrigo?Desde q
Rapidamente me levantei da cadeira e saí andando pelo escritório, sentindo meu sangue ferver.— É inacreditável tudo isso. Falei nervosa.Laura: Melissa, infelizmente é uma situação que você terá que se acostumar. Sinto muito, não há o que fazer.— Tudo bem Laura. Essa conversa já acabou? Preciso ir para casa.Laura: Melissa, por favor, não fique com raiva de mim. — Eu já ouvi o suficiente, eu estou indo tá bom? Obrigada por ter sido sincera comigo. Dei as costas, já sentindo as lágrimas se formarem e caírem pelo meu rosto.Como se não bastasse, encontrei aquela indecente no pé da escada, enquanto eu subia para falar com o Rodrigo.Vestindo um vestido curto, com um decote enorme.Encarei ela com raiva, louca para meter a mão na cara dela.Quando vi o Rodrigo no topo da escada.Rodrigo: Melissa, vem.Desviei o olhar dela, e subi as escadas em direção ao Rodrigo.Fomos pro quarto, e então não consegui evitar o choro. O Rodrigo rapidamente me abraçou, passou a mão nos meus cabelos, e
YANKA..Quando meus pais se separaram, eu tive que tomar a decisão sobre com quem eu iria morar, que não foi muito difícil decidir, já que sempre fui mais apegada ao meu pai.Eu poderia morar sozinha, mas meu pai não concordou. Disse que primeiro eu deveria ter uma formação, e um emprego dentro da área que eu queria atuar, que era o Turismo.Meu Pai tinha casas ao redor da Europa, no Rio de Janeiro e em outros estados ao redor do Brasil, mas não ficava por muito tempo em nenhuma dessas casas. Ele viajava todo o tempo, e em muitas dessas viagens eu o acompanhava para não me sentir sozinha em nossa casa principal na Europa.Quando ele decidiu ir para o Brasil, eu adorei a ideia, pois ele sempre me falou que o Brasil era um país lindo, com várias praias onde o turismo era fator predominante, que seria ótimo para minha carreira.E apesar dos meus avós paternos morarem também no Brasil, e meu pai ter ido várias vezes tanto pra visitá-los, quanto a trabalho, eu nunca tinha ido ao País de
Cheguei tão exausta que fui logo perguntando onde eu ficaria pra que eu pudesse finalmente dormir.Subi as escadas em direção ao meu quarto, que era grande e perfeitamente projetado. A funcionária da Laura me levou um lanche pois eu não quis almoçar, tomei banho, comi e logo depois eu dormi.Quando finalmente acordei, percebi que muitas horas haviam se passado.Coloquei uma roupa básica, dei uma ajeitada no cabelo e desci pra encontrar meu pai.Quando eu estava me aproximando da cozinha, não pude deixar de notar aquele cara lindo, com cabelos claros, os olhos pareciam com os da Laura, ele era bem definido, e nossos olhares se encontraram, e eu o vi me olhar de cima a baixo. Senti o meu corpo inteiro arrepiar, mas tentei manter o equilíbrio quando meu pai me falou que ele era o Rodrigo, o filho da Laura.Fui simpática, mas passei o jantar todo falando coisas de duplo sentido, eu não sei o que deu em mim, mas eu desejei absurdamente aquele cara.— Então, o que você faz da vida Rodrigo