Eu entrei no meu carro com o corpo inteiro tremendo, como se cada fibra da minha pele estivesse em um frenesi que eu não conseguia controlar.
As mãos mal conseguiam segurar o volante, elas tremiam tanto que parecia que o carro inteiro estava se movendo dentro de mim.
Meu coração batia descompassado, martelando contra as costelas como se quisesse escapar do meu peito. Eu me sentei ali, paralisada por uma mistura de desespero e culpa, e, de repente, comecei a golpear o volante com força, cada batida uma explosão da angústia que me consumia.
— Burra, burra, burra... Você é uma burra, Yanka.
As palavras saíam ásperas, repetidas como um mantra autodestrutivo, tentando de alguma forma, eu não sabia como, aliviar a dor esmagadora que me sufocava. Mas, ao invés de aliviar, só fazia o desespero crescer.
Eu sabia, no fundo, que não tinha nenhuma condição de dirigir naquele estado. Minha cabeça estava tão nublada que eu não conseguia pensar direito. Pensei em pedir ajuda ao meu pai, alguém qu