Acordei sozinha na cama, com os lençóis ainda quentes do corpo de Brandon. O silêncio do apartamento era diferente naquela manhã. Não era tenso, era quieto, como se tudo estivesse em pausa, esperando que o mundo lá fora decidisse o que fazer com a notícia da denúncia.
Na noite anterior, Brandon me contou o que havia acontecido. A acusação de desvio de verba havia surgido do nada, claramente uma tentativa de manchar seu nome. Ele estava mais preocupado comigo do que consigo mesmo. E eu… eu só queria estar ao lado dele.
Levantei devagar, vesti o roupão e fui até a cozinha. Encontrei uma garrafa térmica com café fresco e um bilhete dobrado ao lado:
— “Te amo. Não se preocupe com nada, estou resolvendo tudo. — Brandon.”
Aquela letra firme e cuidadosa me arrancou um sorriso. Preparei uma xícara e fui até a varanda. A cidade seguia seu ritmo normal, indiferente ao nosso pequeno caos particular. Mas dentro de mim, algo havia mudado. Mesmo sem minhas memórias, eu sabia: amava Brandon. De um j