Me espreguiço antes de abrir os olhos e encarar o teto do quarto. Aos poucos me lembro da discussão com André, o fato de ter quase morrido e isso ser desesperador. Também tinha Rodrigo, não sabia como ele estava e muito menos o que estava pensando a respeito de mim. Pensando nele, pego meu celular e ligo novamente, tendo minha chamada indo para a caixa-postal. Já não tinha dúvidas que ele estava me odiando. Sento na cama esfregando os olhos, levantando, arrastando meus pés para fora do quarto, dando de cara com uma senhora menor do que eu.- Ah. Oi! - digo dando um passo para trás.- Átila mandou entregar isso aqui pra você - Ela me estende roupas. Franzo o cenho, as pegando.- Essas roupas não é minha não.- Ele só pediu pra te dar e o café já tá pronto - Dito isto ela se afasta, me deixando com roupas que não eram minhas. Sem querer começar o dia com questionamentos, decido tomar um banho primeiro e comer alguma coisa, para só depois fa
Quando me senti suficientemente confiante, fui atrás de Átila, o encontrando em frente a tv mexendo no celular.- Você só esqueceu de dizer que... - Ele se vira automáticamente ao ouvir minha voz - quando me dedico a alguma coisa, sempre dá certo - O timbre da minha voz estava mais suave e o modo que falava quase num sussurro, era a cereja de tudo aquilo.- Fala outra coisa. Nervosa, tento pensar em algo elaborado.- Seu colchão é bom. Ele ergue as sobrancelhas.- É mesmo?- Um dia quando eu tiver dinheiro sobrando, quero saber onde comprou.- Continua - Um meio sorriso surge em seu rosto.- E a comida que a Rô, né? - Ele assenti - Também é boa e olha que não como muita coisa por aí.- Qual teu nome? Estava prestes a dizer Bruna, quando me detive.- Malu.- Maria Luíza - Ele me corrige.- Maria Luíza - Repito.- Quantos anos, Maria Luíza? Esperava que o Instagram não estivesse mentindo.- 20?- Isso aí. Átila suspira.- O nome do teu pai é Ros
Estava prestes a ir para meu quarto, quando parei na metade do corredor, lembrando que era para dormir onde Malu dormia. Já havia tomado banho e estava me sentindo confortável em meu pijama velho, me negando a vestir qualquer roupa de Malu para dormir. Abro a porta do quarto, desviando minha atenção da cama em frente da porta, para o guarda-roupa que ia do teto até o chão. Entro no pequeno banheiro, encontrando mais produtos femininos do que masculinos. Estava voltando para o quarto, quando meu corpo se choca contra o de Átila.- Ia tomar banho? - Ele pergunta, desviando o olhar rapidamente para o celular, vendo alguma coisa.- Já tomei. Ele dá uma rápida olhada em mim.- Tá bom. Olho para a cama.- Qual lado você dorme? Ele segue meu olhar.- Esquerdo.- Tá. Ando até a cama, sentando do lado esquerdo da cama, observando ele abrir o guarda-roupa.- Vai sair? - pergunto puxando assunto.- Resolver umas coisas. Pelo men
Chegava a ser ridículo e me sentia como uma virgem, sonhando com a primeira noite de amor. Átila se aproxima silenciosamente com a cabeça baixa, a erguendo apenas poucos passos de mim.- Não queria fazer isso com você - diz baixo, os olhos me olhando com atenção - Só que isso tem que dar certo, se nós dois quiser viver. Assinto como uma idiota, imaginando o que estava prestes a acontecer. Ele iria me beijar, tirar minha roupa, admirar meu corpo como uma obra de arte e me dar tanto prazer, que vou explodir num orgasmo poderoso. Era algo que com certeza ele faria, estava escrito isso bem na testa dele. Minha respiração oscila e treme, engulo em seco sem parar de imaginar tudo que poderíamos fazer entre aquelas quatro paredes. Minha lista chegava a ser longa e mais do que explícita. Eu era movida por sexo, penso incrédula. Átila ergue a mão segurando meu braço direito gentilmente, conseguindo fazer meu coração acelerar m
Ainda estava encarando o vazio, repetindo a voz de Rodrigo em minha mente dizendo te amo, quando Átila voltou para o quarto.- Ainda tá doendo?- O quê? Ele aponta para meu braço.- O braço.- Ah. Não. Só quando me mexo.- Tá. Ótimo. Rô aparece na porta do quarto segurando algumas coisas.- Acho que aqui tem tudo - diz olhando para os braços. Olho para Átila.- O que vai fazer agora?- Por mechas vermelhas no seu cabelo.- E a Rô sabe fazer isso?- Vi uns vídeos no Youtube. Engulo em seco, tentando não transmitir minha apreensão. Não conseguia ver como aquela situação poderia terminar bem. Quer dizer, como meu cabelo terminaria bem. Rô se adianta em colocar uma toalha em meus ombros e a fazer a mistura com o pó descolorante. Tendo uma foto como base, separa as mechas em meu cabelo e começa destemida. Não era o cabelo dela mesmo. O processo dura alguns minutos, depois disso, preciso aguentar meu couro cabelo esquentando como
Ainda estava encarando o vazio, repetindo a voz de Rodrigo em minha mente dizendo te amo, quando Átila voltou para o quarto.- Ainda tá doendo?- O quê? Ele aponta para meu braço.- O braço.- Ah. Não. Só quando me mexo.- Tá. Ótimo. Rô aparece na porta do quarto segurando algumas coisas.- Acho que aqui tem tudo - diz olhando para os braços. Olho para Átila.- O que vai fazer agora?- Por mechas vermelhas no seu cabelo.- E a Rô sabe fazer isso?- Vi uns vídeos no Youtube. Engulo em seco, tentando não transmitir minha apreensão. Não conseguia ver como aquela situação poderia terminar bem. Quer dizer, como meu cabelo terminaria bem. Rô se adianta em colocar uma toalha em meus ombros e a fazer a mistura com o pó descolorante. Tendo uma foto como base, separa as mechas em meu cabelo e começa destemida. Não era o cabelo dela mesmo. O processo dura alguns minutos, depois disso, preciso aguentar meu couro cabelo esquentando como
Continuei no lugar que estava por mais algum tempo, esperando que Átila se desse conta que estava em um lugar desconhecido e de toalha. Os únicos barulhos que dava para se escutar, era de pássaros voando ao meu redor e do vento sacudindo o topo das árvores. Aos poucos comecei a me dar conta de que ele não voltaria, mesmo uma pequena parte em mim, acreditando que ele voltaria. Mais um tempo depois, sofro a paciência e decido sair daquela floresta, voltar para o hotel e pedir ajuda. E poderia fazer isso facilmente sem a ajuda de Átila. Giro meu corpo, andando na direção contrária que estava, franzindo o cenho toda vez que pisava em algum galho pontiagudo que machucava a sola dos meus pés. Me dividia entre segurar a toalha e prestar atenção para onde estava indo, como se a vegetação ao meu redor, quisesse me ver nua. Não sei se sentia raiva, ódio, se deixava para lá ou se sentia tudo ao mesmo tempo. Era dif
Tampando apenas meus seios e a parte da frente de baixo, coloco meu plano em prática. As primeiras pessoas que me vê, são alguns funcionários e a única reação que ambos tem, é me olhar surpresos. Apenas isso. Ignorando os olhares, continuando andando, encontrando dessa vez hóspedes. Dessa vez, além dos olhares, murmúrios surgem. Entro no hotel andando em passos firmes até a recepção, ainda tinha um pequeno detalhe que precisava ser resolvido e só conseguiria com a ajuda de alguém da recepção.- Senhora...? - diz um homem aparentemente da minha idade, atrás do balcão. Ele evitava de olhar diretamente pelo meu corpo. Não havia desejo em seu olhar, espanto talvez, mas claramente não fazia seu gosto sexual. Passando a mão pelo cabelo penteado para trás, ele arruma a postura e foca o olhar nos meus.- Esqueci a chave do meu quarto no quarto.- Esqueceu? - Ele repete, não entendendo a situação e