36.
— Ei.
Uma batida leve na janela atraiu minha atenção.
Assustada, olho para cima e vejo a jovem de cabelos escuros de antes, a que achei ser a namorada dele.
— Ei — Ela repetiu, encostando o nariz no vidro. — Qual é o seu nome?
— Me chamo Bruna — digo, decidindo que não tinha nada a perder conversando com a garota. Pelo menos, desta vez eu não estava nua. — Quem é você?
— Bruna — Ela repete, como se estivesse gravando meu nome na memória. — Você é a namorada do Átila — diz
aquilo como uma afirmativa, não uma pergunta.
Olho para ela em silêncio, sem deixar que meus pensamentos transparecessem. Eu não tinha ideia de quem ela era nem do que queria de mim. E não pretendia dizer nada que pudesse me deixar encrencada.
Ela assenti, como se estivesse satisfeita com minha falta de resposta.
— Por que ele trouxe você para cá?
Em vez de responder, pergunto:
— Quem é você? O que quer?
Esperei que ela também não respondesse, mas pelo jeito estava errada.
— Meu nome é Rose. Trabalho pro chefão daqu