Lucila
Os tremores de seu corpo pararam imediatamente quando a voz de Olavo os interrompeu. Ela se desvencilhou de Vitório com facilidade e correu até a cama para ver como o menino estava.
Se ele ouviu ou viu o que aconteceu entre os dois, certamente estaria muito assustado, e tudo por culpa de um mal entendido criado por esse homem que a acusou de adultério.
Lucila engoliu a mágoa e a dor que sentia, e segurou o rosto do menino em suas mãos, observando seus olhinhos turvos de sono. Olavo estava quente, ela tocou sua testa com delicadeza, ele estava com febre alta.
Ela se sentiu culpada por protagonizar essa cena ridícula com Vitório, enquanto uma criança estava doente a poucos passos dela; e pior, uma criança sob seus cuidados.
Ajeitou Olavo nos travesseiros novamente, e pediu que ele ficasse deitado com gestos. O menino não só obedeceu, como cedeu aos calafrios que percorriam seu corpo frágil, fechando os olhos e murmurando coisas desconexas em delírio febril.
Lucila se levantou, e