Otávio gemeu baixo, um som contido de dor, quando os braços do filho o apertaram contra o peito ferido.
— Cuidado, garoto, eu sou velho e decrépito agora… — resmungou, tentando rir, mas a voz saiu fraca.
Vitório se afastou imediatamente, alarmado.
— Você está ferido — disse, os olhos percorrendo a atadura, notando o sangue fresco. — Rodolfo chame o médico imediatamente, isso está sangrando.
O mordomo se aproximou com rapidez, trazendo uma toalha umedecida, entregando-a a Vitório.
— Ele está febril, senhor — explicou. — Suando muito desde a madrugada.
Vitório passou a toalha pelo rosto do pai, sentindo o calor excessivo da pele, realmente o corpo de seu pai estava muito quente.
— Precisamos levá-lo para o hospital, então. — disse, com firmeza. — Isso não é negociável.
— Não — Otávio respondeu de imediato, segurando o pulso do filho com uma força surpreendente. — Estou bem. Já passei por coisas piores, pode acreditar, filho. Vou ficar bem.
- Ele foi atingido por dois projéteis, mas eu