Vivian abriu os olhos devagar, a cabeça latejando como se martelos a golpeassem por dentro. A primeira sensação foi de estranhamento: a maciez excessiva do colchão, o cheiro amadeirado misturado a um perfume masculino familiar. Virou-se e, ao reconhecer os móveis imponentes de linhas sóbrias, sentiu o estômago despencar.
O quarto de Eduardo.
Um barulho de água cessou no banheiro. A porta se abriu e ele surgiu envolto apenas em uma toalha, os cabelos úmidos escorrendo pelas têmporas e pelo pescoço até desaparecerem no peito largo. O coração de Vivian disparou quando notou que estava vestindo apenas uma camisa dele - larga demais, caindo até o meio das coxas.
- O que eu… o que eu estou fazendo aqui? - murmurou, a voz rouca, ainda embargada de ressaca. - Onde estão minhas roupas?
Eduardo arqueou uma sobrancelha, divertido com a expressão dela.
- Onde deviam estar: no cesto da lavanderia. - Afastou-se um pouco, abrindo o closet com a calma de quem tinha o controle da cena. - E, antes que