Doze

Eduardo

Eduardo acordou com uma dor de cabeça insuportável. A ressaca do dia anterior latejava em suas têmporas, lembrando-o de cada gole maldito que não deveria ter tomado. Sentou-se à beira da cama, passou as mãos pelo rosto e respirou fundo.

- Bom dia, senhor - disse o assistente, já posicionado próximo à mesa do café, tentando manter a voz firme. - O senhor pediu que eu viesse cedo.

Eduardo afundou-se na cadeira diante da mesa farta, mas o apetite havia desaparecido. Faltava o caldo nutritivo pós-ressaca - aquele que ele nem precisaria pedir, porque sabia que era Vivian quem fazia. Tomou um gole amargo de café e foi direto ao assunto:

- Quero que o advogado encontre uma solução jurídica para que Vivian saia de mãos abanando. - Sua voz era cortante. - Ela não merece nada.

- Sim, senhor, irei imediatamente.

O assistente saiu e, no corredor, cruzou com Gustavo, que vinha entrando.

- Bom dia, chefão. Dona Lúcia, pode me arrumar uma xícara? - o amigo pediu, já se sentando à mesa sem co
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