AIYANA
Mãos quentes deslizaram por baixo da minha blusa e aqueceram minha pele. Soltei um suspiro de alívio e me mexi contra a parede quente nas minhas costas, tentando me espremer mais contra o corpo de Icarus. O calor dele era reconfortante no meio daquele frio cortante. Mas, então, um gemido me fez parar. O vento frio, que entrava pela entrada da caverna, ainda me envolvia, e eu não conseguia aquecer o suficiente.
O cheiro da terra úmida e da neve que se acumulava lá fora invadiu meus pulmões, mas foi a voz grave e irritada que me fez abrir os olhos.
— Eu disse, não. — Maxim.
—Por favor,Max...
Eu pisquei, tentando entender o que estava acontecendo. Minha visão ainda estava turva, e por um momento pensei que estava sonhando. Mas logo a realidade me atingiu: Maxim estava ali, sentado próximo à fogueira, os olhos fixos em mim com uma intensidade tão forte que era quase como se ele tentasse me devorar com o olhar.
Sentei-me instintivamente, sentindo a tensão tomar conta do meu corpo. A