AIYANA
— Synx... — o nome mal tinha saído dos meus lábios.
Ela sorriu.
Como se me conhecesse.
Como se estivéssemos continuando uma conversa antiga, que eu nunca ouvi começar.
Seus olhos dançaram de mim para Icarus, como se o analisasse. Depois, enfim, pararam no corpo imóvel em meus braços.
Max.
Ela inclinou levemente a cabeça, como quem avalia um quadro. Um leve suspiro saiu de seus lábios antes de perguntar, com uma calma quase debochada.
— Você precisa de ajuda com isso?
Icarus se ergueu num salto, o corpo tenso, os olhos como lâminas negras. Colocou-se entre nós, protegendo meu corpo com o dele.
— Cuidado com o que diz. — rosnou, sem esconder a ameaça na voz.
Mas Synx apenas sorriu, indiferente ao perigo que ele representava.
— Eu disse ajuda, não ameaça — respondeu, com uma tranquilidade que soava como veneno em frasco de perfume. Eu não tinha certeza se deveria confiar nela.
Ela caminhou. Sem pressa e sem medo. Como se governasse tudo ao redor.
Parou diante de mim, seus olhos br