AIYANA
A lua não brilha hoje.
E talvez seja por isso que eu esteja à beira de gritar.
Percorro o quarto em círculos, como uma loba enjaulada, com os dedos batendo ritmicamente contra a lateral da coxa coberta por couro. O som é abafado, mas não o suficiente para me impedir de ouvir os sussurros que atravessam minha janela.
"A chama vai corrigir o erro."
"A bruxa será desmascarada."
"O Alfa vai ter sua verdadeira companheira."
Eu cerro os punhos. As palavras queimam como se fossem brasas jogadas sobre minha pele. Não importa o quanto eu negue, grite, prove. Eles já decidiram quem eu sou.