A sala principal do Complexo da Kerosene pulsava com vozes firmes e olhares afiados. Os chefes dos principais complexos haviam chegado um a um, chamados por Isis e Corvo. O resgate de Theo não era apenas uma missão pessoal — era um ato de guerra. E o morro inteiro sabia disso.
Ao redor da mesa comprida improvisada com madeira crua, estavam Corvo, Isis, Zóio, Urso do Complexo das Torres, Néo da Vila Baixa e Júnior do Pantanal. Todos atentos. Um mapa da cidade aberto no centro, com marcações em vermelho, azul e preto: rotas, entradas, saídas, pontos de vigilância e brechas conhecidas.
— A base não é qualquer uma — disse Corvo, apontando. — É onde o sistema guarda o que tem de mais podre. E de mais protegido. Theo tá ali dentro. Não vamos invadir isso como quem invade um beco.
— Já temos um plano? — perguntou Urso, girando o palito entre os dentes.
Zóio olhou para Isis. Ela assentiu.
— A operação vai ser feita por camadas. Primeiro, infiltração. Depois, desativação de vigilância. E