A base do sistema continuava fria, impessoal. Mook voltava ao quarto de Theo com passos firmes, mas o coração em tumulto. Nas mãos, o bilhete dobrado. O recado que precisava entregar.
Theo se levantou quando o viu.
— E aí? — perguntou, com uma tensão contida.
Mook entregou o papel.
Theo leu em silêncio. "Eles nunca desistiram de você. Corvo, Zóio e Neumitcha estão juntos. Estão se preparando. Estamos esperando suas instruções."
Theo fechou os olhos por um momento. A mensagem era curta, mas carregada. Era mais do que ele esperava. Era esperança em palavras.
— E a ONG? Como tá? — ele perguntou.
Mook suspirou.
— Voltando aos poucos. O povo tá reagindo, se reerguendo. Binho ainda tá em coma, mas os médicos começaram a cortar os sedativos. Disseram que ele pode acordar a qualquer momento.
Theo engoliu seco. Fechou o punho.
— E Isis?
— Ainda fria. Mas... ela não desistiu da ONG. Isso diz muita coisa. Tá ferida, mas continua lutando.
Theo assentiu, olhando para o teto da cela imp