A ONG estava em silêncio. Um silêncio que doía. Neumitcha dormia sedada, com um curativo novo no rosto. Do lado de fora, a galera se movia em círculos. A notícia da agressão tinha se espalhado como fogo em mato seco. O morro estava em luto, mas também em fúria.
Isis andava de um lado pro outro, como uma leoa ferida. Sem maquiagem, sem riso, sem alma nos olhos. Era ela e o silêncio. Corvo se aproximou, mas manteve distância. Sabia que o toque errado podia virar explosão.
— A gente vai pegar eles, Isis. Um por um.
Ela parou, virou devagar. O olhar não era o dela. Era de alguém que já perdeu demais.
— Eu não quero justiça, Corvo. Eu quero sangue. Eles tocaram nela. Ela... ela é nossa. Como fizeram isso com ela?
Corvo respirou fundo.
— Isso é comigo. Ninguém mexe com o que é meu e sai andando. Eu vou resolver. Mas você... você precisa segurar tua coroa. Não pode se perder agora.
Isis passou a mão no rosto. Estava tremendo. A vontade de sair quebrando tudo era real. Foi quando Theo chegou,