Deram de cara com alguns homens armados. Eleonor reagiu no mesmo instante, puxando Julia e se abaixando atrás do balcão. Os tiros ecoaram pela cozinha, estilhaçando vidros que se espalharam pelo chão como chuva de lâminas.

Quando o som cessou por um breve momento, Eleonor agarrou a mão de Julia e correu. As duas atravessaram a cozinha e chegaram à sala, onde novos homens surgiram, apontando as armas na direção delas.

Eleonor escorregou, mas se levantou num impulso, puxando Julia com força. Subiram as escadas às pressas, os passos apressados ecoando pelos degraus. Passaram pelo corredor sem olhar para trás e entraram na última porta, fechando-a com um estalo apressado.

— Que porra é essa? — perguntou Eleonor, em voz baixa e ofegante.

— Não faço ideia — respondeu Julia no mesmo tom.

— Julia, seu braço — chamou Eleonor, alarmada. — Está sangrando muito.

— Vamos embora, Elle — disse firme.

— Deixa só eu pegar um pano, é rápido.

Eleonor olhou ao redor do quarto e foi até a janela. Segurou