Julia abriu os olhos e viu tudo escuro. Já era noite, e o frio era intenso — tão intenso que o corpo doía, e as pernas estavam dormentes. Lembrou-se imediatamente de Eleonor. Ignorou a dor, o frio e qualquer outra sensação que a dominava naquele momento. Com esforço, virou o corpo e abraçou Eleonor, que estava gelada. A respiração dela era fraca.
Julia começou a esfregar o próprio corpo contra o dela, tentando aquecê-la o máximo possível. O medo de perdê-la era grande, e de forma alguma Julia a deixaria para trás.
“Por favor, Deus... por favor, não permita que ela se vá” — rezava em silêncio.
O som de um galho se quebrando, seguido de passos, rompeu o silêncio. Julia ficou em estado de alerta e tentou enxergar o que podia ser. Matthew era a única coisa que seus pensamentos conseguiam trazer. Ao longe, viu luzes fracas de lanternas.
— Ai, meu Deus... — sussurrou, a voz carregada de medo. — Elle... Elle! — chamou, desesperada. — Precisamos sair daqui, por favor, acorde!
Julia sacudia El