— Já não te falei que, quando eu te ligar, é para atender logo? — disse Otto, aborrecido ao telefone. — Eu não quero saber, estou pagando para você fazer o serviço bem feito, e pago muito bem, mais do que você recebia naquele bordel, e você sabe disso! — o tom de voz estava elevado. — Eu estou pouco me fudendo se você estava doente, já era para ter entrado em contato com ela.
Ele se calou por alguns instantes, ouvindo o que a outra pessoa dizia do outro lado da linha.
Caminhava de um lado para o outro, a fúria aumentando a cada passo. Seus pés batiam no chão cada vez mais forte, o rosto estava vermelho, a respiração acelerada.
— É… ela disse que iriam se encontrar amanhã. Está animada com isso. Vê se não faz merda. Não se esqueça que amanhã à noite eu apareço aí.
Desligou o celular e tentou se acalmar. Precisava extravasar um pouco; havia passado dias trancado em casa, no meio do mato, fazendo papel de bom marido, e aquilo já durava tempo demais. Precisava fazer algo que o animasse de