Julia acordou na cama sem se lembrar de como havia chegado ali. Olhou para o lado e viu Otto deitado, com o celular na mão.
— Amor, você não se lembra? — falou sorrindo. — Fui levar a Karol em casa enquanto você limpava tudo. Quando cheguei, você já estava na cama.
— Não me lembro de nada — respondeu, tentando puxar qualquer lembrança.
— Todos nós bebemos mais do que devíamos, relaxa.
— É, mas a sem memórias aqui sou eu. Chega de bebidas — falou chateada.
Otto a encarou com atenção.
— O que está te chateando? Acho que não é só a bebedeira de ontem.
— A Pérola não atende o celular, demora para responder e, quando responde, parece meio fora do ar. Sei lá, não sei explicar.
— Amor, você mesma não disse que ela estava com problemas no trabalho e estava procurando outro?
— Sim, mas…
— Amor, tenha paciência. Ela vai voltar ao normal, deixa só ela resolver as coisas dela.
— Tem razão — suspirou. — É tão estranho ficar tanto tempo sem vê-la.
— Só temos uma semana aqui, Julia.
— Eu sei.
— Prec