Eu não sabia como me sentir.
Estava confusa, irritada e retraída, percebendo que eu não apenas tinha cedido a ele na noite anterior, literalmente pulando em cima dele, mas também hoje, estando sóbria. Esse homem tinha me levado ao céu e me deixado lá até eu ver ele sangrar e ir embora.
Seria algo grave? Não, talvez fosse a mudança de clima ou algo da viagem. Eu duvidava que Eros Dunker estivesse sofrendo de alguma doença...
Peguei minhas coisas e saí do quarto de Eros, juntando os cacos de dignidade que me restavam e evitando pensar no assunto.
Eu tendia a construir uma parede com meus sentimentos, tentando bloqueá-los quando algo me machucava. Talvez porque quando minha mãe teve minha irmã, ela roubou toda a atenção por causa da sua epilepsia controlada com remédios.
Eu sempre fiquei em segundo plano, sofrendo em silêncio e tentando lidar com minha dor sozinha. Talvez isso tenha feito com que Patricia acreditasse que merecia tudo e por isso até hoje não se desculpou ou mostrou remo