O corredor de pedra que levava à masmorra estava úmido, iluminado apenas por archotes fixados nas paredes. O cheiro de mofo misturava-se ao odor metálico de ferro enferrujado. Os passos de Baran ecoavam com firmeza, enquanto dois soldados arrastavam o espião albanês, com os braços presos atrás das costas e a cabeça baixa. Ele gemia de dor, mas ainda sustentava um olhar de desafio.
Vitório caminhava ao lado de seu subcapo Mateu, ambos em silêncio. O Don apenas lançou um olhar rápido ao cigano, como quem dá a ordem sem precisar falar. Baran entendeu. Aquele homem agora era sua responsabilidade. A cigana Sarah já havia dito naquela manhã que haveria aborrecimento, mas também que não haveria sujeira dentro da fortaleza. Baran havia aprendido com ela que não era preciso sempre manchar as mãos com sangue.
— Abram a cela. — ordenou Baran, com a voz grave.
Os soldados obedeceram. A porta de ferro rangeu, e o prisioneiro foi jogado para dentro. Ele cambal