— Sou. E antes que qualquer um fale sobre casamento… — Baran deu um passo à frente. — Eu quero saber se minha irmã está bem.
Vitório ergueu o queixo, medindo o homem à sua frente. — Sua irmã está sob minha proteção. E quando digo proteção, significa que ninguém toca, ninguém ameaça, ninguém ousa olhar para ela sem que eu permita. O silêncio caiu pesado. Carmela, atrás, apertou o braço do marido, como se confirmasse silenciosamente que aquele era o homem que a filha escolheu. — E o que você quer de nós, Don? — perguntou o pai de Sara. Vitório deu um passo à frente, e quando falou, a voz tinha o peso de uma sentença: — Quero pedir a mão da sua filha. Hoje à noite, faremos o casamento cigano, como manda a tradição de vocês. Amanhã, será o casamento diante de Deus e da lei. Mas entenda, Baran… — ele encarou diretamente o irmão — se você ficar, ficará como um dos meus. E no meu mundo, lealdade não é opção. É