O olhar de Vitório prendia Sara como algemas invisíveis, e ela sentia o mundo desaparecer — restava apenas aquele homem, o calor da água e o pulsar acelerado dos dois.
Ele a envolveu com firmeza, as mãos fortes percorrendo as costas nuas, moldando-a contra si.— Você não sabe o que está pedindo, cigana… — a voz dele soou grave, carregada de desejo. — Uma vez que eu provar, não vou conseguir parar.Sara sorriu de canto, o olhar faiscando. — E quem disse que eu quero que você pare?Vitório soltou uma risada baixa, quase um rosnado, antes de beijá-la de novo, mais profundo, mais possessivo. Cada toque era como uma promessa e uma reivindicação, como se ele estivesse marcando cada pedaço dela.As mãos dele deslizaram para a nuca dela, inclinando-a para trás, deixando os cabelos escorrerem sobre a água como um manto negro. Ele observou por um instante, como se quisesse gravar aquela imagem na memória, e então voltou a beijá-la, enquanto seus corpos