SOFIA
O nome Álvaro martelava minha mente desde a noite anterior como um alarme constante, impossível de ignorar. Era mais do que uma pista. Era uma promessa silenciosa deixada por um homem que desapareceu tentando fazer a coisa certa. Ele havia confiado a verdade a esse nome. E agora, tudo dependia dele.
A madrugada passou em claro. Enquanto Enzo dormia entre nós, inocente no meio do furacão, Eduardo e eu mergulhamos numa corrida frenética contra o tempo. Vasculhamos redes sociais com olhos cansados, puxamos registros antigos de funcionários da Tavares Corp, cruzamos informações de processos arquivados, falências suspeitas, qualquer coisa que pudesse nos levar a ele.
Cada pista morta era uma punhalada na esperança.
Até que o telefone tocou.
— Jonas? — atendi com a voz tensa, já com o coração acelerado.
A resposta veio firme, com a urgência de quem sabia que não podia errar:
— Achei. Álvaro Monteiro. Contador da Tavares Corp por quase dez anos. Saiu do nada, do dia pra noite, e sumiu