15. Todas As Regras Absurdas
Pisco algumas vezes, só para ter certeza de que é realmente Lucas ali, sentado no sofá, me encarando com aqueles olhos verdes que parecem brilhar mesmo na luz fraca.
Copo de whisky na mão direita, sem gravata, com os primeiros botões da camisa abertos… ele parece relaxado.
Respiro fundo, tentando recuperar algum controle sobre meu corpo.
— Sr. Sinclair — digo, finalmente quebrando o silêncio. — Eu… não sabia que já estavam em casa.
Ele bebe um gole lentamente, sem tirar os olhos de mim.
— Não fui ao jantar — responde, num tom baixo, controlado. — Tinha trabalho a resolver.
Assinto, sem saber bem o que dizer.
Deveria subir? Pedir licença? Fingir que não estou me sentindo como uma adolescente pega voltando tarde?
— Onde você foi?
A pergunta é simples. O tom… nem tanto.
— Fui… na casa da minha amiga — respondo, tentando manter a voz firme. — No Brooklyn.
Silêncio.
Um silêncio pesado que parece empurrar o ar para fora dos meus pulmões.
Ele me observa por mais alguns segundos