Mundo ficciónIniciar sesiónENQUANTO ISSO… EM OUTRO LUGAR DE MANHÃ FESTIVA
Enquanto isso, em outro lugar durante a manhã de festividades, o apartamento de Halley exalava o aroma adocicado de flores exóticas, adornando o ambiente. — Descalça, ela movia-se pelo tapete felpudo, aproveitando a mistura de texturas sob os pés, enquanto segurava uma taça de vinho branco que refletia a suave luz da manhã. — Sua risada ressoava nas paredes, quase como se a casa estivesse viva. — E Greg, inquieto, observava a amante, sua mente dividida entre a admiração pela mulher fascinante e a preocupação com a escuridão que ela ocultava. – Então deu tudo certo! – Ele deve estar no IML agora – disse ela, sentando-se em seu colo, um brilho travesso iluminando seus olhos. – Chorando como um cachorrinho abandonado. — Eu sempre soube que ele seria um ponto fraco se a situação fosse manipulada corretamente. – Halley… você é doente, armando para sua própria irmã, e agora vai consolar o viúvo? — A incredulidade na voz de Greg contrastava com a facilidade com que Halley lidava com suas emoções, como se estivesse jogando um jogo de cartas cujas regras eram ditadas apenas por ela. — Halley virou-se para ele, um sorriso perverso nos lábios, como se cada palavra sua fosse parte de um jogo de xadrez onde ela sempre saía vitoriosa. – Claro, querido, eu te disse que iria cuidar de tudo. Sua confiança era quase palpável, como a de um maestro conduzindo uma orquestra de infortúnios. – E você, me ajuda sempre, não é? – O Léo é rico e muito poderoso. — Ele é ingênuo o bastante para cair na minha rede, porque eu quero tudo. — A determinação em sua voz era inegável, cada sílaba impregnada de um propósito que Greg não conseguia ignorar. – Agora... ele tem uma filha pequena, precisa de apoio e presença, a criança eu colocarei em um colégio interno. E quem melhor do que a cunhada dedicada, que sempre esteve por perto? — Se alguém tentar atravessar meu caminho, você vai eliminar os obstáculos que fez até agora, querido. À medida que Halley falava, sua ambição crescia, como uma serpente prestes a atacar em um momento de vulnerabilidade. — Greg balançou a cabeça, nervoso, lutando contra uma mistura de amor e desconfiança que o consumia. – Às vezes, eu tenho medo de você, Halley. A crueldade dentro de você é difícil de compreender. Amor, você é só escuridão. – Não precisa ter medo de mim; você sabe que eu te amo, – respondeu ela, sua mão deslizando pelo rosto dele com uma suavidade cuidadosa, cada toque quase como um feitiço emocional. – Eu jamais te machucaria, Greg. – Nós temos um trato, um elo inquebrável, lembra? Halley se inclinou para frente, seus olhos brilhando com um fervor quase ameaçador. – E além disso... eu preciso de você, sempre esteve ao meu lado, não será agora que vai me abandonar. As palavras dela ecoaram no ar como promessas, enquanto Greg tentava compreender a profundidade da escuridão na alma de Halley, uma escuridão que parecia crescer a cada instante. – Você matou seus pais, sem nenhum sentimento. — Você é uma psicopata Halley e agora matou sua irmã também por dinheiro. —A gravidade da acusação pairou entre eles, como uma sombra em expansão, criando um abismo de desconfiança que Greg temia ter cavado ele mesmo. – Você não ama esse homem Halley, estamos juntos há seis anos. —Te ajudei em cada desejo, pois te amo, mas você é uma psicopata, querida. O ar estava impregnado de tensão, e Greg se perguntava se ainda restava esperança de livrá-la da espiral de sua própria maldade ou se já estava preso ao destino que ela havia tecido. – Sério? Eu farei o que for necessário para manter tudo que me pertence, e você é meu cúmplice. —Nunca esqueça desse detalhe... – disse ela, sorrindo com a frieza de quem acredita que os fins justificam os meios, a determinação em seu olhar quase hipnotizante. – O mundo é dos espertos. — Eu não sou psicopata, sou apenas muito inteligente e mereço aquele homem. — E em breve terei tudo que quero, as palavras eram uma afirmação de um futuro que ela encarava com clareza, como se estivesse desenhando planos em sua mente. – A Ellen teve seu tempo, luxo, amor e felicidade eram para eu ter me casado com ele, não ela, e agora chegou a minha vez. — A certeza em sua voz era quase palpável, enquanto Greg, em silêncio, sentia um arrepio na espinha, questionando sua própria moralidade e os limites do amor que ainda nutria por ela, sua sanidade oscilando na linha tênue entre amor e horror.






