NO IML FUNERÁRIA Mateo retornou com dois homens da funerária. Leonard permanecia em pé, com os olhos vermelhos e fixos, como uma estátua viva representando o luto. — Quando abriram a câmara fria e deslizaram o corpo de Ellen sobre a maca forrada, a dor e a determinação de Leonard eram palpáveis. – Ninguém vai vestir a minha esposa, ninguém toca em minha Ellen, apenas eu a toco como sempre foi! – sua voz ecoou, grave e firme, transbordando de dor. – Eu mesmo vou cuidar dela, como sempre fiz, com amor e respeito que minha esposa merece, para vocês ela é apenas um corpo, para mim é o pedaço de meu coração que foi arrancado. —Mateo engoliu em seco, gesticulando para os homens se afastarem. —Com um olhar intenso, Leonard se virou para ele: – Vá até a nossa casa. — Peça à governanta que separe o vestido de noiva da Ellen, os sapatos, o véu... tudo. — Ela sempre disse que queria partir como no dia mais feliz da sua vida. — Assim, ele queria garantir que o último tributo fosse e
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