Fiquei parada no meio do quarto, olhando para a porta fechada, como se o simples fato de encarar a madeira polida fosse fazer o tempo voltar e me impedir de ter esbarrado naquele homem no shopping, mas não, o estrago já estava feito.E, pior, agora eu tinha que aguentar.Sophia, ainda no chão onde o pai a havia colocado com cuidado, me encarava com os olhos semicerrados, como se estivesse me avaliando com a mesma desconfiança que um gato usa para decidir se vai arranhar ou ronronar.— Você realmente vai me levar no parque? — perguntou, de repente, com a voz mais baixa, quase tímida.— Se seu pai deixar — respondi, honesta. — Mas antes, a gente precisa arrumar essa bagunça. Porque se ele voltar e ver esse caos, vai pensar que sou uma babá que só serve pra jogar travesseiro e comer iogurte no sofá caro.Ela bufou, mas se levantou.— Tá bom. Mas eu só ajudo se você prometer que vai me levar ao parque. — Combinado — sorri. — E se tiver escorregador em espiral, eu até te empurro da parte
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