Úrsula estava em seu apartamento. A luz baixa deixava o ambiente envolto em tons quentes e suaves, e o aroma do vinho tinto do copo em seu criado mudo misturava-se ao perfume discreto que ainda usava, mesmo em casa.Deitada em sua cama, pernas abertas, tablet em mão, ela percorria os documentos da empresa com precisão. Apesar da concentração, não estava sozinha. O toque da língua de Murilo, suave, ritmado e estratégico, não perturbava sua análise, ao contrário, parecia estimulá-la. Relaxava seu corpo, enquanto sua mente continuava afiada como uma lâmina. O prazer era apenas mais uma arma em seu arsenal, algo que sabia administrar tão bem quanto um relatório financeiro.Quando Murilo subiu, ofegante, o rosto brilhando de esforço e vaidade, ela sequer desviou os olhos da tela.— Ainda não cheguei lá, você não devia ter parado! — disse, como quem cobra um garçom por ter entregue o prato errado.Murilo riu, deitando-se ao lado dela, o peito subindo e descendo em um ritmo desacelerado.— M
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