No dia seguinte, Úrsula entrou na empresa com a confiança de quem já se sentia em casa, mas a atmosfera ao seu redor era tensa, e sinceramente, ela gostava daquilo; na verdade até havia almejado por aquele tipo de atenção. Os olhares dos funcionários se cruzavam, sussurros se espalhavam como fogo em palha seca. A presença dela, embora magnética, trazia um desconforto que era quase tangível. Apenas Isadora parecia contente, um sorriso radiante iluminando seu rosto ao ver a irmã; estava cega pela admiração, suprindo uma carência fraternal que irritava os demais.
— Bom dia, Úrsula! — exclamou Isadora, levantando-se da mesa em sua sala, onde ocupava o cargo de Diretora de Operações.
Úrsula entrou, observando a sala com um olhar crítico. O ambiente era moderno, com janelas amplas que deixavam a luz natural entrar, mas a decoração era um tanto... brega; simplista demais para uma Valli, no lugar da meia-irmã, nunca teria uma sala como aquela. Ao lado de Isadora, estava Lívia, com um olhar