As duas desceram do carro no discreto estacionamento lateral, onde sequer um letreiro indicava a entrada do Club Privé Noir. A fachada, envolta em vegetação alta e portões de ferro trabalhado, escondia completamente o interior do lugar. Isadora, apesar de já ter passado por aquela rua tantas vezes, jamais suspeitou que existisse ali algo tão secreto e tão exclusivo.

Dentro, o ambiente exalava luxo e sigilo. O ar condicionado espalhava um perfume amadeirado e envolvente, enquanto lustres de cristal pendiam sobre mesas reservadas, iluminando apenas o necessário. Casais e grupos conversavam em voz baixa, como se o próprio silêncio fosse parte do protocolo. O som ambiente, suave e envolvente, se misturava a risadas contidas e taças tilintando.

— Não vou mentir, Isadora — Úrsula disse, ajeitando a gola do próprio vestido enquanto cruzavam o salão principal. — Aqui não é lugar de pessoas boas, mas hoje você não quer ser boa. Saiba que tudo que é visto aqui, nunca acont