Os dias depois daquela noite no carro foram… estranhos. Eu fingia que estava tudo sob controle, mas não estava. Por dentro, eu me sentia vulnerável, como se alguém tivesse destrancado uma caixa que eu nunca quis abrir. E agora, tudo que eu queria esquecer, e tudo que eu não sabia que desejava, vinham à tona ao mesmo tempo.No escritório, era ainda pior. A cada reunião com a Castellani Holdings bastava sentir a presença dele para meu corpo reagir, com um arrepio na nuca e o maldito coração acelerado. Eu evitava seus olhos, desviava, tentava ocupar minha mente com tarefas, mas ele sempre parecia me encontrar. Sempre parecia saber exatamente onde eu estava.Naquela sexta-feira, eu já me sentia no limite. A sala de reuniões estava cheia, a equipe dele em volta da mesa, os slides passando no telão. Eu abri minha apresentação com a mesma firmeza de sempre, mas bastou perceber o olhar dele fixo em mim para que a avalanche começasse. As palavras, que sempre vinham fáceis, tropeçaram na minha
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