O rosto de Rubens se transformou. As feições tensas, o orgulho ferido. — Você é uma ingrata! Explodiu, aproximando-se. — Malcriada e mimada! Já passou da hora de crescer, Angeline!Ela se levantou, encarando-o firme. — Crescer? É isso que o senhor chama de crescer? Vender-se?Rubens respirou fundo, o álcool alimentando sua raiva e o desespero. — Estou passando por dificuldades, e com ele podemos nos reerguer! Disse, a voz embargada. — É isso que você queria ouvir? Se Marco não me ajudar, podemos perder tudo! Esta casa, o nome, o que ainda temos!Angeline ficou em silêncio por um instante. As palavras pareciam ecoar dentro dela. Depois, com os olhos marejados, disse baixo: — Então é isso... eu sou a moeda de troca pra te salvar da sua ruína.Rubens desviou o olhar, incapaz de negar. — É o único jeito, Angeline. E, além disso, qualquer mulher com o mínimo de juízo ficaria grata por poder se casar com Marco.— Claro que sim! Retrucou ela, amarga. — Margaret, por exemplo.Ele franziu
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