Laura foi quase cuspida do carro quando tentou sair com as caixas empilhadas até o queixo. Cambaleou, lutando para não desmoronar junto com a pilha instável. Uma delas deslizou, e ela conseguiu segurá-la no último segundo, soltando um riso nervoso junto com o suspiro de alívio. O salto fino enganchava em cada fenda do paralelepípedo como uma armadilha pronta para derrubá-la. O resort se descortinava à frente como um cenário irreal. A fachada de vidro refletia o céu ensolarado, palmeiras inclinavam-se com a brisa, o ar úmido e fresco tocava sua pele, trazendo o cheiro de maresia. O som das ondas, praia do resort, quebrando em cadência firme, como um coração batendo ao fundo, trazia uma espécie de vertigem. Era lindo demais, quase inebriante. Laura sorriu sozinha. Feliz! Aquilo era mais do que um grande evento, era um dos trabalhos mais promissores da sua carreira. E, apesar do frio na barriga, a experiência lhe dava segurança. Ela não estava ali por acaso, mas porque era uma das mel
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