Laura caminhava pelo corredor do resort, segurando as últimas anotações com os detalhes da decoração do casamento. Pensava em Helena e nas palavras trocadas com ela, alguém por quem sentia uma afinidade inesperada e uma empatia que não podia ignorar.
Ao passar por uma sala, onde a banda se preparava para se apresentar na noite de Natal, um burburinho em tons exaltados chegou até ela, atraindo sua atenção.
Era uma conversa acalorada. Curiosa, Laura se moveu discretamente da porta, encostando-se na parede ao lado para escutar melhor. A banda parecia em pânico.
— A vocalista não vai poder vir! — disse um dos músicos, claramente frustrado, passando a mão pela testa. — Como vamos fazer? Já está tudo pronto, e não temos muito tempo. Se não arrumarmos ninguém, estamos ferrados.
Outro músico, o baterista, bateu no prato com certa impaciência.
— Não podemos simplesmente tocar sem vocal?
— Não, vai ficar chato. — disse o primeiro músico. — As pessoas vão acabar dormindo.
— A nossa sorte é que o