O sol da tarde iluminava o jardim da mansão, e o riso da Aurora ecoava entre as árvores e flores bem cuidadas. Ela dava os primeiros passos, tropeçando aqui e ali, mas sempre se levantando, determinada e feliz. Cada passo era um pequeno milagre, e nós dois nos inclinávamos ligeiramente, prontos para segurá-la se fosse preciso. Ficamos de mãos dadas, lado a lado, sem precisar dizer nada. O vento soprava leve, misturando o perfume das flores com o frescor da grama, e parecia que o tempo tinha decidido nos conceder uma pausa, uma paz que a vida nos negou por tanto tempo. Arthur olhou para mim com um sorriso suave, e eu devolvi, sentindo que não havia mais máscaras ou feridas recentes, apenas nós, a Aurora e um amor que cresceu com cuidado, paciência e verdade. — Ela tá andando! — eu sussurrei, sem conseguir conter o sorriso. Ele apertou minha mão com carinho, e eu pude sentir o calor dele atravessando a pele. — E nós dois estamos aqui pra vê-la crescer — respondeu, a voz baixa, c
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