Matteo:
Zhang agora era um velho doente, recluso, e seus três filhos comandavam o império que ele construíra. Um império que se erguia sobre as ruínas de vidas, incluindo as vidas que me tiraram. Mas o poder deles era também uma armadura. Chegar até eles era quase impossível, e sabia que, para destruí-los, teria que encontrar o ponto frágil, a rachadura que faria o império ruir.
Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz familiar.
— Bom dia, Sr. Romano — cumprimentou-me em russo, seu tom sempre tão meticulosamente educado.
Sofia era mais do que uma governanta, era o par de olhos e ouvidos que Alessandro plantara em minha casa, um “presente” dele, substituindo Caterina, que hesitara em deixar a Rússia. Eu sabia muito bem de seu papel, mas mantinha o jogo; um capitão não se incomoda com espiões,