O corredor estava silencioso quando Valentina surgiu. Vestido preto, costas nuas, tecido aderindo ao corpo como uma segunda pele. Salto alto, passos seguros. O cabelo solto, ondulado, caía como se fosse parte do movimento. A maquiagem era impecável — delineado afiado, pele de vidro, e o batom vermelho intenso que parecia uma declaração de guerra. Ela não estava bonita. Ela estava letal. A sala de vidro apareceu diante dela — transparente, exposta, impossível de esconder. Dominic estava lá dentro. Sentado, blazer aberto, uma das mãos no queixo. Ele não parecia pensar. Ele calculava. Valentina abriu a porta. O estalo suave ecoou como se tivesse silêncio demais no mundo. Dominic levantou o olhar. Foi um segundo. Só um. Mas algo nele tremeu. Não nos olhos. No respirar. Valentina entrou como quem pertence ao espaço. — Só passei para você me desejar sorte. — disse ela, a voz baixa, carregada. — Algum conselho? Dominic se levantou. Não havia press
Ler mais