O restaurante escolhido por Eduardo era discreto e acolhedor. Nada de luxo extravagante ... apenas velas, música instrumental suave e uma varanda com vista para o mar. Elisa chegou pontualmente, como sempre. Usava um vestido preto simples, mas sua presença era magnética. Eduardo, ao vê-la, levantou-se imediatamente. Você está linda. Obrigada. ... disse ela, sentando-se. O garçom trouxe vinho branco e um couvert leve. Durante os primeiros minutos, conversaram de coisas neutras: medicina, viagens, música. Elisa estava serena, mas observadora. Eduardo parecia… diferente. Havia algo em seus olhos. Uma urgência contida. Como se estivesse prestes a despir sua alma. Depois da entrada, ele respirou fundo. Preciso te contar uma coisa. Algo que carrego há muito tempo… e que não fazia sentido até pouco tempo atrás. Ela o encarou, firme. Estou ouvindo. Ele abaixou os olhos, mexendo na taça. Há muitos anos, sofri um acidente perto da praia. O carro capotou, pegou
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