Emilyke notou a ausência de Umberto assim que acordou, mas curiosamente não sentiu falta. A solidão naquela manhã não parecia hostil, e sim bem-vinda. Sentou-se à mesa com aquele sanduíche simples, completando o café da manhã com um chá de camomila que encontrou entre as poucas opções no armário. Bebeu em silêncio, contemplando a dança lenta do vapor que subia da caneca. O sabor era discreto, quase apagado, mas tinha algo de reconfortante. Naquela calmaria, Emilyke se entregou a um raro momento de reflexão. Estava mesmo ali, cercada de árvores, longe dos arranha-céus, das buzinas e das taças de cristal. E, de maneira inesperada, não era ruim. Enquanto levava o último gole à boca, um som do lado de fora chamou sua atenção. Algo caíra na água...ou saltara dela. Peixes? Ela levantou, curiosa, aproximando-se da grande janela que dava vista ao rio. E foi então que ela o viu. Umberto, em seu estado mais... natural, dava pulinhos desajeitados na água fria, tentando mergulhar com a empol
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