Tailândia.Bangkok.Sábado. 21h13.The Heaven Crown Hotel. Suíte Imperial.A limousine para em frente ao hotel.Porta abre.Primeiro desce ele.Victor.Look?Camisa Versace branca aberta até o peito, corrente dourada pendurada, calça de alfaiataria preta skinny, salto plataforma Valentino de 10 centímetros, blazer off-white jogado nos ombros.Óculos escuros, SIM, mesmo de noite.Porque close não tem hora.— Tailândia, amor. Cheguei. E juro por Deus, se eu não sair daqui com um marido e três processos, considero essa viagem um fracasso. — gira a bolsinha da Prada no dedo.Atrás dele… ela.Valentina.A ruiva mais cara, mais desejada e mais perigosa do planeta.Vestido longo preto, tecido acetinado que abraça o corpo como uma segunda pele.Alça finíssima nas costas.Decote em V, fundo até o umbigo.Costas nuas, só com uma corrente dourada descendo do pescoço, riscando a espinha até a lombar.Fenda lateral ABSURDA, que sobe até quase o quadril.A cada passo, metade da coxa sai pra tomar a

O contrato cai no chão.Esquecido.Ignorado.Porque agora… não existe mais papel.Não existe mais regra.Só existe corpo.Pele.Sede.Fome.Fome UM DO OUTRO.Dante agarra a nuca dela.Puxa.Puxa como quem puxa alma, controle e resistência.A boca dele cola na dela.Mas não é beijo.É guerra.É punição.É aviso.A língua invade.Fome.Fúria.Desejo acumulado que explode em cada mordida, em cada puxão, em cada suspiro entrecortado.Ele a levanta.Segura pelas coxas.Ela se encaixa nele como se o corpo dela tivesse sido moldado ali.Perfeito.Perigoso.Imoral.O vestido sobe.O tecido escorrega.Seda contra pele quente.Seda contra carne pulsando.Seda contra gemidos engolidos.Ele joga ela na cama.O colchão afunda.Ela ri.Sabe que vai ser punida.E AMA ISSO.— Você acha que tem controle? — ele rosna, já puxando o salto dela e jogando longe.— Acho não… tenho. — ela responde, cravando as unhas nos ombros dele.Ele agarra os dois pulsos dela.Prende acima da cabeça.Desliza a mão livre

Sala da Suíte Imperial.Mesa cheia.Café da manhã de bilionário:Ovos trufados, croissants dourados, frutas cortadas milimetricamente, champanhe, caviar e… caos.Dante, de pé, camisa branca, mangas dobradas, relógio de carbono no pulso.Impecável. Perigoso. Tesudo até quando tá respirando.Valentina, sentada de pernas cruzadas no sofá.Vestido de seda curto, do hotel. Sem calcinha. Cabelo bagunçado de sexo, cara lavada de “eu acordei assim e você nunca será.”Victor?De óculos escuros, roupão, pantufas da Gucci e segurando uma taça de mimosa.— Acordei. Tô plena. Mas se alguém me estressar, eu viro viúva tailandesa HOJE. — avisa, já se abanando.⸻— Então… Armand sumiu dos radares? — Valentina pergunta, pegando uma uva, jogando na boca com aquele jeitinho de quem finge que não tá nem aí… enquanto segura um império inteiro no quadril.Dante gira o tablet na mesa.Tela cheia de mapas, pontos vermelhos piscando, rastreios em tempo real.— Sumiu. Desligou tudo.Só que ninguém some pra sem

Dubai.10h da manhã.Inside Lux Spa.O mais caro, mais exclusivo e mais luxuoso da cidade.Ambiente?Mármore branco, espelhos dourados, cheiro de riqueza, música ambiente que parece que até as notas são pagas em euro.Duas taças de champanhe na mão.Duas almas dispostas a renovar a beleza, a sanidade e a língua venenosa.Victor, de roupão de seda preto com detalhes dourados, chinelo Gucci, óculos escuros e cabelo preso numa touca de cetim.Valentina, no mesmo mood, só que com o roupão branco aberto até o limite da decência — e talvez um pouco além.— Amor… — Victor solta, olhando o catálogo.— Olha isso. “Banho de ouro 24k com pedras preciosas e massagem facial com caviar iraniano.”— Pois é o mínimo. Se é pra ser bancada, é pra brilhar até na luz negra do juízo final. — responde, cruzando as pernas.O atendente chega.Sorriso branco, jaleco impecável, olhar que mistura respeito com medo.— Bom dia, senhorita Valentina, senhor Victor. Preparados?— Preparados pra virar outra pessoa, b

A porta fecha.CLICK.O vidro sobe, isolando o motorista.Silêncio.Ou quase.Porque dentro daquela cabine de luxo… o ar não respira. Ele FERVE.Valentina ajeita o vestido dourado.Cruza a perna devagar.Faz questão de deixar a fenda abrir até quase o quadril.Dante olha.De lado.De cima.Olhar de predador.Olhar de quem não tem pressa.Olhar de quem quer ver ela se desmontar… sem nem precisar encostar.Ele apoia o cotovelo na poltrona.Pega uma taça de champanhe.Bebe.Calmo.Ela cruza as pernas de novo.Descruza.Cruza do outro lado.O vestido sobe mais.A coxa aparece inteira.O quadril quase escapa.Dante não se mexe.Mas a mandíbula dele trava.O peito sobe e desce mais pesado.Ela percebe.Sabe.E faz mais.Porque ela nasceu pra isso.Pra provocar o diabo… até ele ajoelhar.— Tá me olhando por quê? — pergunta, mordendo o canto do lábio.— Tá tentando decidir se me come… ou se me mata?Ele gira a taça na mão.Devagar.Sorriso de canto.— Tô decidindo… se faço os dois.Ela ri.—