Anijah Acordo em um sobressalto ao ouvir a porta do quarto bater. Antes que eu perceba, já estou de pé, procurando algo para me defender. Paro imediatamente ao ver uma senhora baixinha com um coque impecável me encarando com um grande sorriso no rosto e um olhar de afeto.Abaixo a guarda, e ela se aproxima, colocando sobre a cama uma bandeja cheia de comida que me faz salivar ao sentir o cheiro de ovos mexidos. Não sabia que horas eram; Max havia deixado a bandeja sobre a mesinha, e eu comi o máximo que meu estômago suportou antes de me deitar e adormecer feito pedra. Mas aquele cheiro delicioso me faz soltar um gemido, e me arrasto até a beirada da cama, olhando para ela com desconfiança.— Puoi mangiare, ragazza. (Pode comer, menina.) — diz em italiano. Continuo olhando-a sem entender muito, mas o gesto com a mão para que eu prossiga é claro.Sem pensar duas vezes, pego o pão torrado na manteiga e mordo, enquanto enfio uma garfada de

Solto o celular sobre a bancada e volto meus olhos para ele que me observa com desdém. Meu estômago se revira e me sinto a pior pessoa que podia existir nessa terra.Só fiz aquilo para me livrar de Lazarev, do homem nojento que é. Ele tem idade para ser meu pai e eu não seria a primeira esposa dele, muito pelo contrário, seria a sexta. As outras cinco morreram por suas mãos ao serem espancadas.— Scusami…[3] — Nem mesmo olho para ele, Eva ou Teresa, apenas me viro e corro para o quarto, que me lembro com facilidade de como achar. Já compreendi que não era nem um pouco bem-vinda ali, obviamente entendia o porquê, mas não podia voltar, não queria voltar para Rússia, não queria me casar com um estuprador assassino.Entro como um furacão no quarto de onde nem mesmo deveria ter saído e trombo com um peito largo e tatuado. Apoio minhas mãos geladas em sua pele quente e sinto-o estremecer com o contato repentino, suas mãos fortes e quentes se apoiam na lateral do meu corpo, impedindo que eu

MaxUma semana depois.Anijah vinha correndo de mim como o diabo foge da cruz, e eu não conseguia entender como ela conseguiu me evitar por uma semana inteira. Uma semana inteira tentando falar com ela, mas ela simplesmente desaparecia ao menor sinal de aproximação. Já estou farto de toda essa situação. Ela precisava parar com essa birra de criança malcriada e me explicar com exatidão o que estava acontecendo.A frustração crescia dentro de mim a cada tentativa fracassada de encontrá-la. Era como se ela tivesse um sexto sentido, uma habilidade quase sobrenatural de prever meus movimentos e desaparecer antes que eu pudesse sequer me aproximar. E, honestamente, isso estava começando a me deixar louco.— Max, fiz o levantamento que me pediu, não foi fácil, a Rússia é um país com hackers excelentes e isso me custou dois computadores que precisei desativar para conseguir o que você queria. Abramovitch investe uma boa grana em segurança de arquivos, isso posso garantir. — Faz uma careta me

Minha cabeça estava uma verdadeira zona, e foco era algo que eu definitivamente não tinha. Percebi isso após levar uma bela surra de Royal enquanto treinávamos. Ele literalmente chutou meu traseiro sem dó ou piedade.— Depois dessa vergonha, não quero lutar com você tão cedo. — Crítica e faço uma careta, mostrando o dedo do meio para ele.— Minha cabeça só não está onde deveria — resmungo e ele bufa.— Já percebi. Você nunca apanhou tanto como apanhou hoje.— Não preciso do lembrete — informo.— Não vou perder tempo com o seu mau humor. Resolva suas merdas e não apareça no meu quarto. Faz mais de uma semana que não durmo porque você se mexe demais.— E onde merdas eu vou dormir?— Se vira, durma na biblioteca ou em uma das suas casas na cidade.— É longe para ficar indo e vindo, e a biblioteca não é um lugar confortável. Você é meu irmão, o mínimo que pode fazer é me oferecer um espaço na sua cama. Eu gosto de te abraçar à noite — provoco e recebo um olhar irritado que me faz gargalha

— Você não deveria dizer isso. — A rouquidão em sua voz envia um arrepio direto para o meio das minhas pernas, fazendo meu centro pulsar, e aquela era uma sensação nova para mim.— Desculpa, você tem razão, é que eu nunca… — deixo as palavras morrerem, e ele volta a olhar para mim com compreensão, mas ainda mais desejo e luxúria do que antes.Aquele olhar aquecia cada partezinha do meu corpo de uma forma inexplicável, enviando ondas de desejo pelo meu organismo, fazendo minha calcinha ficar cada vez mais úmida e quente.— Nunca viu um homem nu antes? — questiona e concordo com a cabeça, extremamente envergonhada. — E quer me tocar porque está curiosa?— Sim, mas não é só por isso… — Desvio o olhar do seu, completamente constrangida e, quando menos espero, uma de suas mãos envolve minha cintura, grudando meu corpo no seu, fazendo sua ereção dura feito pedra pressionar contra meu abdômen. A outra mão envolve meus cabelos, e seu nariz para em meu pescoço, inspirando profundamente. Minha