DORIANA sala de espera da ala de emergência parece um santuário forjado às pressas. Tudo branco, limpo, iluminado com claridade artificial que ofusca e cansa. Eu estou sentado, mas não relaxado. Estou com os cotovelos apoiados nos joelhos, as mãos unidas como quem ora — ou ameaça.Catarina está ao meu lado, cruzando e descruzando as pernas, alternando entre mensagens e ligações discretas. Benjamin está resolvendo a burocracia com a direção do hospital. David está cuidando da imprensa lá fora — ou esmagando repórteres com o olhar. Não sei. Não me importa.Ela acordou, mas estava em uma crise de nervos, então foi sedada.Minha mulher.Minha Lara.Meu coração em forma de pessoa.E então a porta da recepção automática se abre.E com ela… o colapso do pouco que ainda restava do meu autocontrole.— Onde está ele?! — A voz da mãe da Lara rompe o silêncio com a força de um raio. Ela entra agitada, com um casaco florido sobre os ombros, os olhos arregalados, confusos, mas vivos. Ela para dian
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