RENZO ALTIERI Entrei no helicóptero sem cerimônia, o peso dos dois dias me esmagando os ombros. Dois dias de tortura, sangue, dor... tudo pelo meu filho. Mas agora, finalmente, eu poderia voltar pra casa. Sentir o calor da minha esposa, abraçar meu filho, ter minha família inteira de volta. Era o que eu precisava — o que eu merecia.Mal sentei, ajeitando o cinto, e a voz fria e mecânica do Marvin, a IA, cortou o silêncio.— Senhor Altieri, temos um problema.Suspirei fundo, já sentindo aquela pontada no peito, aquela sensação de que nada no meu mundo estava sob controle.— Fala. — Minha voz saiu baixa, firme, sem espaço pra falhas.— Um dos nossos satélites foi hackeado.Puta merda.— Você não impediu isso? — Perguntei incrédulo, o dedo batendo no cinto.— Não, senhor. Eu deixei acessarem para obter uma localização.O que? A inteligência tinha deixado o invasor entrar? Ou melhor, fingido que deixou?— Que acesso eles tiveram? — Minha voz ficou mais dura, cada palavra com a tensão de
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