RENZO ALTIERI
O som dos meus passos ecoava pelo hangar, pesado e lento, cada passo uma sentença. Os homens ajoelhados à minha frente mal ousavam levantar os olhos, pois atrás de cada um, um soldado segurava firme um facão — a sentença de morte pendia no ar como uma lâmina invisível. Minha respiração estava controlada, mas por dentro, uma tempestade explodia.
Queria arrancar a pele deles com minhas próprias mãos. Queria torturar cada um até o último grito, fazer com que sentissem a dor que meu filho sentiu. Dois dias — dois dias de tortura, de sangue escorrendo pelas paredes dessa porra de masmorra que chamam de hangar. Foi bom demais, acredite. Mas a saudade de casa apertava mais forte que qualquer vingança. Queria ver minha esposa, queria abraçar meu filho, ouvir a risada dele enchendo a casa. Três dias longe deles, e isso já era tempo demais.
Matteo e Vittorio estavam cuidando dos dois na mansão — não confiava em mais ninguém. Lorenzo, Marino e eu estávamos fechando esse capítulo s