Selene CastielO telefone vibrou no criado mudo ao lado da minha cama, enquanto eu finalizava um e-mail para a filial de Milão. Era Bianca.— Vem pra guerra hoje? — foi a primeira coisa que disse quando atendi.— Depende. Quem tá levando as armas?— Eu levo o salto. Você leva a marra.Ri baixo, mas não respondi de imediato. Meus olhos deslizaram pela porta entreaberta do meu quarto, que dava vista para o corredor. Mais adiante, a luz do escritório ainda estava acesa, projetando uma faixa dourada no chão de mármore.Dali, eu ouvia a voz grave de Caius ao telefone, falando em alemão com algum fornecedor. Sete dias desde que ele se mudara para a casa. Sete dias de rotina impecável, silêncios calculados e olhares que atravessavam paredes. Ele não cometia erros. Nu
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