O avião pousou com um leve solavanco, como se a própria terra estivesse reagindo à chegada de algo inevitável. Bangkok se estendia além das janelas, vibrante e caótica como sempre — uma tapeçaria viva de concreto, fios elétricos e cores intensas, pulsando sob um calor úmido e opressivo. Para Pravat, era como voltar ao centro de um furacão que nunca parou de girar.Do lado de fora, o céu estava nublado, como se a cidade soubesse que algo se aproximava. Era início da tarde, mas uma estranha penumbra envolvia o horizonte. Kaipo, Mikhail, Takeshi, Kwame, Achille e Lobo saíram um a um, os rostos marcados pela viagem, os corpos tensos pelo que sabiam que teriam de enfrentar. O grupo estava unido, mas o peso do passado parecia ter embarcado junto com eles.— Bem-vindos ao inferno tropical — murmurou Pravat com um sorriso amargo, enquanto puxava a alça da mochila. — Lar doce lar.O calor os atingiu como uma parede ao deixarem o aeroporto. Um bafo quente, espesso, carregado de gasolina, especi
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