A noite caía como um véu prateado sobre a floresta. O céu, limpo, deixava a lua cheia brilhar com uma fúria silenciosa. Ela parecia maior naquela noite — quase viva, pulsando no alto como um coração de luz.Dentro da clareira sagrada, onde só os alfas e seus escolhidos pisavam, Aurora estava ajoelhada na grama, com Caelum nos braços. Darius estava ao lado, calado, os olhos fixos no pequeno corpo do filho, que se contorcia inquieto.— Ele sente — disse Aurora, baixinho, como se falasse para si mesma. — A lua o chama.Caelum, ainda bebê, soltava pequenos rosnados, o corpinho quente tremendo como se algo dentro dele tentasse romper a pele. A noite estava pesada, o ar vibrando de energia. Darius franziu o cenho, sentindo o cheiro metálico que só surgia quando a magia tocava o mundo físico.— Ele está se transformando… — murmurou o alfa, incrédulo.Aurora olhou para o filho, os olhos brilhando com lágrimas. Não de medo. Mas de reverência. Ela sabia. Sempre soube. O sangue dentro dele era o
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